terça-feira, outubro 17, 2006

Constactação I

Director Executivo do Departamento de Drogas e Crime das Nações Unidas:

Há um contraste emergente entre, por um lado, uma consciente oposição a qualquer tentativa de subestimar a severidade do problema da droga e, por outro, o alastramento duma cultura permissiva que realça o direito à escolha dos estilos de vida de cada um, incluindo o abuso de drogas, e que proselitiza a diferenciação entre os diversos tipos de narcóticos, como se alguns entre estes fossem menos perigosos para a saúde que outros. ”

domingo, outubro 15, 2006

Curtas







Realização : João Nicolau
Produção : Luis Urbano, Sandro Aguilar

O SOM E A FÚRIA

Portugal, 2006, Ficção, Cor, 35mm, 25'



Idioma Original : Português
Fotografia : Mário Castanheira
Montagem : João Nicolau, Miguel Gomes
Som : Miguel Martins
Principais Actores : Hugo Leitão, Márcia Breia, Lia Ferreira, Manuel Mesquita



Sinopse


Cumpridas as obrigações académicas, Hugo passa os dias em casa descansando a cabeça de intermináveis leituras de autores pouco conhecidos. Dorme muito e a desoras. A sua única companhia doméstica é Luisa, a empregada, que alinha com ele em cúmplices jogos do gato e do rato.Para afugentar o sono da razão Hugo exercita a veia lírica escrevendo, com o amigo Manuel, canções sobre o bairro onde ambos habitam.O plácido diletantismo do protagonista é abalado por Catarina, uma jovem e bonita tradutora que dá os primeiros passos na vida profissional em regime free-lancer. Hugo está pelo beiço, fraqueja.Lá em cima, o peneireiro peneira. Não é o único rapace capaz de fazê-lo.

Não tem pais ricos nem lhe saiu a lotaria...

... então foi ao BES!!!

sexta-feira, outubro 13, 2006

Para voltar a cair...

hoje vi algo diferente ao olhar-me no espelho do elevador: não por ser vaidosa (confesso, ein bissen) mas com 10 minutos para me preparar para sair muita coisa pode falhar!
não foi a borbulha que apareceu, está coerente com a altura do mês, nem foi aquela pequena ruga (sim?!) que teima em acentuar-se no canto do olho...
foi o meu olhar.
às vezes basta um clique para tudo se tornar claro... mas é tão difícil atingir esses momentos, instantes em que determinadas frases, entoações, coincidências, frustrações e ocorrências se juntam e fazem sentido... é a palmada na nuca para acordar!
não fiquei triste, compreendi naquele momento o vouvoyer de que tenho sido vítima ultimamente, mas não vi envelhecimento... antes outra coisa que só se adquire depois de algumas estaladas sentidas na face...
vi o quanto teimosamente continuo ingénua e irresponsavelmente a ter uma visão romântica da vida, apesar de tudo...
apesar de tudo!

"Para ver
Para dar
Para estar
Para ter
Para ir
Pra ouvir
Pra sorrir e entrar
Para rir
Pra voltar
A tentar
Pra sentir
E mudar
Pra voltar a cair
Para me levantar
Para nunca mais tentar
Mentir
Pra crescer
Para amar
Para ser
O lugar
Pra viver
E gostar
De gostar
De viver
Pra fugir
Pra mostrar
Pra dizer
Pra ter paz
Pra dormir
Pra fingir acordar
Para ser
Derramar
Para nunca mais tentar
Mentir"

Ornatos Violeta

segunda-feira, outubro 09, 2006

sexta feira treze - hard club

quinta-feira, outubro 05, 2006

Nobel Medicina 2006

O Nobel da medicina 2006 foi atribuído aos cientistas Andrew Z. Fire (Standford University, California) e Craig C. Mello (University of Massachusetts Medical School, Worcester). A sua descoberta - RNA interference - consiste numa ferramenta que permite silenciar especificamente genes que pretendemos estudar em células vivas, por forma a compreender o seu papel na célula.
Há dois anos atrás estive envolvida num projecto de investigação que pretendia estudar um gene responsável pelo cancro colorectal. A estratégia utilizada foi exactamente o RNA interference aplicado a um modelo de células humanas - as células HeLa. De forma muito, muito simples: como conhecíamos a sequência do gene que estavamos interessados em estudar, amplificamos e "isolámos" esse gene num tubo, depois, transfectamos as células HeLa vivas que entretanto cresciam em laboratório (que é como quem diz, "injectámos" o nosso gene isolado para dentro das células vivas) e esperámos que os dois genes (o que estava dentro da célula viva e o que introduzimos) se "unissem" - pq tinham a mesma sequencia - e se "anulassem"!
Após essa "anulação", este gene ficaria silencioso nas células e desta forma poderiamos observar que consequências para a célula teria a sua falta!!


Para mais informação:
The New York Times, Nature.

quarta-feira, outubro 04, 2006

Kandinsky: The Path To Abstraction

fosso

(...) as maiores 280 fortunas no planeta concentrarem em si mais riqueza que 2 mil milhões de pessoas (!!!)? Ou em Portugal, onde a mesma proporção é de 20 famílias para 3 milhões de trabalhadores por conta de outrem? Onde a fortuna conjunta dos mais ricos do país está avaliada em 7 552 000 000 euros? Onde 10 famílias acumulam uma fortuna superior ao rendimento anual de 2 milhões de reformados? (...)"

in Público, 02.10.06

É oficial


Depois dos boatos, das reuniões de urgência, do alarido, das notícias nos jornais, da resolução do Conselho de Ministros... resta a incerteza dos contratados, dos projectos que entretanto arrancaram...

Aqui.

segunda-feira, outubro 02, 2006

S. João Batista D'Ajudá

(suplemento das Artes das Letras, O Primeiro de Janeiro, 25 Setembr 2006)


"Há sempre um piano
Um piano selvagem
que nos gela o coração
e nos tras a imagem daquele Inverno
Há sempre a lembrança
de um olhar a sangrar
de um soldado perdido
em terras do Ultramar
por obrigação, aquela missão
Combater a selva sem saber porquê
e sentir o inferno de matar alguém
e quem regressou
guarda sensação
que lutou numa guerra sem razão... sem razão
Há sempre a palavra
a palavra "nação"
que os chefes trazem e usam
pra esconder a razão da sua vontade
daquela verdade
E para eles aquele Inverno
será sempre o mesmo inferno
que ninguém poderá esquecer
ter que matar ou morrer ao sabor do vento
naquele tormento
Perguntei ao céu: será sempre assim?
poderá o Inverno nunca ter um fim?
não sei responder
só talvez lembrar
o que alguém que voltou a veio contar... recordar"

(1988, Miguel Ângelo, Miguel Magalhães, Fernando Cunha)