sexta-feira, dezembro 22, 2006

outlet de arte

Kala Christougenna Ki'eftihismenos O Kenourios Chronos,

ou em português,

Boas Festas e um feliz Ano Novo

terça-feira, dezembro 19, 2006

«aqui perto»


Os rostos envelhecidos das vendedoras da Praça da Alegria, os miúdos do Bairro de S. Vítor, os edifícios em ruínas das Fontaínhas, a calçada da Rua Santa Catarina, as velhas lojas da Praça da Batalha ou a beleza arquitectónica do Cemitério do Prado do Repouso compõem o retrato fotográfico de uma parte esquecida da Invicta.

"Aqui Perto" - exposição de fotografia na Biblioteca Pública Municipal do Porto (BPMP) dos alunos do 2º e 4º anos dos cursos de Design da Comunicação e Artes Plásticas - Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP).

Pr€nda de Natal

Salário mínimo aumenta 4,4% em 2007 = aumento 17 euros e 10 cêntimos

Primeiro-ministro: «Uma elevação tão ambiciosa do salário mínimo demonstra a confiança dos parceiros sociais no futuro»



Secretário-geral da CGTP, Carvalho da Silva: «não é com este aumento, ao qual alguém já chamou 'uma graça', que se vai resolver o problema dos baixos salários»


«tendo em conta que estamos perante um governo que até ao momento ainda não mentiu em relação àquilo que tem prometido, é mais que certa a subida estrondosa do salário mínimo!»

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Cartas curtas

O Plano B já reabriu! Aquele corredor sufocante deu lugar a um espaço tipo galeria, branco que até choca(!) que termina num sofá vermelho muito acolhedor, ideal para provar o bolo de chocolate. No piso inferior o conceito galeria continua, com exposição de quadros, até se entrar numa outra sala cujo mobiliário parece saído de casa dos meus bisavós(!). Estamos num bar amplo, com uma atmosfera bastante acolhedora e mesmo perto da pista, ao fundo... Aprovado!

Vejo muito, muito pouca t.v. mas não tenho perdido:
ELA POR ELA
Conversas entre Agustina Bessa Luís e Maria João Seixas numa viagem em torno da pátria dos provérbios e dos aforismos
Com ideia original de Agustina Bessa Luís, esta série de 13 programas propõe uma viagem em torno da pátria dos provérbios e dos aforismos. Estas conversas entre Agustina Bessa Luís e Maria João Seixas estão sujeitas a perguntas e respostas, admitindo o insólito e o inesperado, com a finalidade de procurar o sentido de algumas frases feitas que perderam o seu significado, mas que as pessoas continuam a dizê-las.
RTP 1, domingo depois das 0hrs.

domingo, dezembro 17, 2006

IAJ: brincamos às casinhas?!!

"Teixeira dos Santos admitiu que neste tipo de subsídios (...) o Estado só substitui a família no caso desta não ter recursos. Ou seja, o novo incentivo só deverá ser atribuído quando "os pais dos jovens não puderem assumir a despeza"".
in Público 15.12.06



Indignada é pouco para descrever a forma como fiquei depois de ler esta notícia. Beneficiei de incentivo aproximadamente 4 anos e foi com a ajuda dele que deixei a casa dos meus pais, de outra forma o dinheiro não chegava! Não cabia na minha cabeça viver debaixo de um tecto diferente que não fosse assegurado por mim: ou se é independente e se assumem as responsabilidades ou brincamos às casinhas com o dinheiro dos papás! Para a candidatura ao IAJ (Incentivo ao Arrendamento Jovem) - processo lento, burocrático e gerido por incompetentes, tenho cartas a pedirem me desculpa! - para além de muita papelada (com a qual concordo, para evitar fraude) é necessário apresentar o IRS do(s) candidatos... e agora? O candidato terá de pedir aos pais o seu IRS?! E se os seus pais forem ricos, o que é que o candidato, individuo que inicia um novo lar, tem a ver com isso?
Antevejo o alastrar do Portugal dos pequeninos...

sábado, dezembro 16, 2006

comércio alternativo

Cada vez mais me custa recorrer a shoppings e a hipermercados, incomoda-me solenemente a confusão, o tratamento impessoal e descuidado, o consumismo frenético, principalmente nesta altura do ano! Vale bem a pena entrar uma hora mais cedo e fazer duas horas de almoço para apreciar as ruas do Porto a pé! Desta vez comecei no Largo da Paz, perto do Rodrigues, para conhecer a Q'ria Ideias. Da Igreja de Cedofeita, fui a Farmácia buscar um JUP e subi Álvares Cabral até Cedofeita. Uma vez mais, apreciei todas aquelas casas fantásticas, muitas delas com pátio nas traseiras, apenas à espera de uma remodelação! Na parte pedonal tive uma surpresa: uma designer corajosa abriu a "coisas da rita", com artigos (caríssimos) que só me lembro de ter visto em Lx. Depois de lhe dar os parabéns pela originalidade do espaço, a Rita informou-me que vai iniciar um conjunto de actividades na parte de trás da loja: histórias para crianças, demos de yoga, etc... Mais uns passos (uma espreitadela na MNG, ao contrário da "feira" nas outras, aqui é possível entrar!) e lá cheguei a Carlos Alberto - como eu gostaria ali de um loftzito ;) Passei o Progresso, lembrei-me do meu avô, das torradas de pão de forma, do pingo, do chapéu, da amizade... desci a rua da Fábrica e apanhei a do Almada (que aconselho a descer desde a Praça da República!) até ao Largo dos Loios. Nas Flores encontrei uma loja com artigos do Peru que habitualmente vemos em feiras: chailes, carteiras, colares, brincos, macacões, as flautas... Vai fazer dois anos e andávamos ali todos juntos, de câmaras em punho a procurar mais uma tasca para almoçar... em vão, a turma da fotografia acabava sempre no Vila Meã!! Tempo para entar na icon e na WESC e desejar que os saldos cheguem o mais rápido possível!
Saí para a rua, o sol subornava-me para continuar, apesar do frio intenso... revi mentalmente os rostos sofridos dos velhotes, o movimento, as lojinhas que teimam em persistir, as cores, as casas devolutas, a escuridão das travessas e subi apressadamente a Mouzinho até à estação do metro em S. Bento...

Mário Cesariny (1923-2006)


Soprofigura
c. 1947

Cesariny foi, dos Surrealistas portugueses, quem levou o automatismo à sua dimensão mais extremada e o mais feroz crítico do talento artístico convencioinado. Liberto dos ditames da prática oficial instaurada, realiza composições intituladas "Soprofiguras", lançando sobre a superficie da obra jactos de tinta posteriormente soprados. Assim, arbitrariamente estendida sobre a superfície, a tinta é em seguida trabalhada com tinta da china, guache e materiais inusitados como vernizes industriais (am assunção de uma anti-pintura), com recurso igualmente a técnicas pouco ortodoxas como o grattage que reforçam o carácter aleatório e espontâneo da composição. Liberta de condicionantes racionais, espaciais e temporais, bem como de quaisquer preocupações estéticas ou morais, esta anti-pintura apreende as imagens inconcientes no seu estado nascente e, na medida em que qualquer um a pode praticar, aqduire um carácter universal que derroga decisivamente o estatuto do artista como génio criador e aproxima eficazmente a arte da própria vida.


in Museu do Chiado

segunda-feira, dezembro 11, 2006

take a look at...

Se não teve oportunidade para dar um salto à Ribeira nos últimos dias de mau tempo chuvosos, aqui fica um site que aconselho a apreciar:

http://www.pbase.com/dudes/douro

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Carta ao pai natal

Olá Pai Natal
É a primeira vez que escrevo para ti
Venho de Lisboa e o pessoal chama-me AC
Desculpa o atrevimento mas tenho alguns pedidos
Espero que não fiquem nalguma prateleira esquecidos
Como nunca te pedi nada
Peço tudo duma vez e fica a conversa despachada

Talvez aches os pedidos meio extravagantes
Queria que pusesses juízo na cabeça destes governantes
Tira-lhes as armas e a vontade da guerra
É que se não acabamos a pedir-te uma nova Terra
Ao sem-abrigo indigente, dá-lhe uma vida decente
E arranja-lhe trabalho em vez de mais uma sopa quente
E ao pobre coitado, e ao desempregado
Arranja-lhe um emprego em que ele não se sinta explorado
E ao soldado, manda-o de volta para junto da mulher
Acredita que é isso que ele quer

Vai ver África de perto, não vejas pelos jornais
Dá de comer ás crianças ergue escolas e hospitais
Cura as doenças e distribui vacinas
Dá carrinhos aos meninos e bonecas ás meninas
E dá-lhes paz e alegria
Ao idoso sozinho em casa, arranja-lhe boa companhia
Já sei que só ofereces aos meninos bem comportados
Mas alguns portam-se mal e dás condomínios fechados
Jactos privados, carros topo de gama importados
Grandes ordenados, apagas pecados a culpados

Desculpa o pouco entusiasmo, não me leves a mal
Não percebo como é que isto se tornou um feriado comercial
Parece que é desculpa para um ano de costas voltadas
E a única coisa que interessa é se as prendas tão compradas
E quando passa o Natal, dás á sola?
Há quem diga que tu não existes, quem te inventou foi a Coca-Cola
Não te preocupes, que eu não digo a ninguém
Se és Pai Natal é porque és pai de alguém
Para mim Natal é a qualquer hora, basta querer
Gosto de dar e não preciso de pretextos para oferecer

E já agora para acabar, sem querer abusar
Dá-nos Paz e Amor e nem é preciso embrulhar
Muita Felicidade, saúde acima de tudo
Se puderes dá-nos boas notas com pouco estudo
Desculpa o incómodo e continua com as tuas prendas
Feliz Natal para ti e já agora baixa as rendas


Boss AC