Direito à Preguiça
Depois de assistir a mais uma das Conversas No Tanque, desta vez com Luís Cunha (Licenciado em Antropologia Social no ISCTE e doutorado em Antropologia na UM, onde é docente e investigador), quero partilhar o nome dos livros apresentados:
Direito à Preguiça (1883) Paul Lafargue
Mandriões no Vale Fértil (1948) Albert Cossery:
“Se o mundo se transformou numa coisa mal-humorada, isso deve-se, sem dúvida, ao facto de agora ser preciso muito dinheiro para viver. A vida é muito simples, mas tudo conspira para a tornar complicada. É quando nos vemos livres da ambição do dinheiro, do orgulho ou do poder que a vida se revela formidável.” A mandriice, longe de ser um defeito, é cultivada como uma flor rara e preciosa pelas personagens deste livro. Galal, o filho mais velho, é considerado o mais sábio de todos porque passa a vida na cama desde há sete anos e só se levanta para ir à mesa. Rafik, o do meio, renuncia a casar-se com a mulher que ama temendo que ela perturbe para sempre a doce sonolência que reina lá em casa. Como terá Serag, o mais novo, a loucura de ir trabalhar para a cidade? Porque a verdade é esta: o trabalho.
O tema desta Conversa girou à volta do trabalho VS preguiça, e ao longo da noite foi ficando cada vez mais interessante. Surgiram diversas questões e opiniões sobre as diferentes formas de encarar o conceito “trabalho” consoante a sociedade, e mesmo a civilização, em que a pessoa se encontra inserida. Uma das reflexões debruçou-se sobre a existência (ou não) da própria preguiça em cenário de férias!? Não será estranho que todos acabamos por ter de nos deslocar para algum local para gozar o merecido descanso, e as fotos que revelamos (ou digitalizamos) para mostrar aos mais próximos… O antropólogo questiona se estas mesmas tarefas não violam o verdadeiro direito à preguiça!?
Aconselho a leitura do livro de Albert Cossery…quanto mais não seja, para se rirem durante umas horitas! E, já sabem…sempre que puderem, preguicem!
Direito à Preguiça (1883) Paul Lafargue
Mandriões no Vale Fértil (1948) Albert Cossery:
“Se o mundo se transformou numa coisa mal-humorada, isso deve-se, sem dúvida, ao facto de agora ser preciso muito dinheiro para viver. A vida é muito simples, mas tudo conspira para a tornar complicada. É quando nos vemos livres da ambição do dinheiro, do orgulho ou do poder que a vida se revela formidável.” A mandriice, longe de ser um defeito, é cultivada como uma flor rara e preciosa pelas personagens deste livro. Galal, o filho mais velho, é considerado o mais sábio de todos porque passa a vida na cama desde há sete anos e só se levanta para ir à mesa. Rafik, o do meio, renuncia a casar-se com a mulher que ama temendo que ela perturbe para sempre a doce sonolência que reina lá em casa. Como terá Serag, o mais novo, a loucura de ir trabalhar para a cidade? Porque a verdade é esta: o trabalho.
O tema desta Conversa girou à volta do trabalho VS preguiça, e ao longo da noite foi ficando cada vez mais interessante. Surgiram diversas questões e opiniões sobre as diferentes formas de encarar o conceito “trabalho” consoante a sociedade, e mesmo a civilização, em que a pessoa se encontra inserida. Uma das reflexões debruçou-se sobre a existência (ou não) da própria preguiça em cenário de férias!? Não será estranho que todos acabamos por ter de nos deslocar para algum local para gozar o merecido descanso, e as fotos que revelamos (ou digitalizamos) para mostrar aos mais próximos… O antropólogo questiona se estas mesmas tarefas não violam o verdadeiro direito à preguiça!?
Aconselho a leitura do livro de Albert Cossery…quanto mais não seja, para se rirem durante umas horitas! E, já sabem…sempre que puderem, preguicem!
2 Comments:
"... O antropólogo questiona se estas mesmas tarefas não violam o verdadeiro direito à preguiça!?"
hmmm será que isso quer dizer que está vedado tudo o que vá para além de estar sentado como um vegetal a ver os morangos com açucar...
Na minha opinião, tudo depende do conceito de ´perguiça` de cada um.
Mas não me parece que os morangos façam parte das suas preferências...
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